O capitalismo vai acabar. Isso não significa o fim de um sistema econômico, mas o nascimento de algo ainda mais complicado. No interior desse processo que começa a ocorrer, estão as premissas iniciais do próprio liberalismo econômico. O modelo econômico que estamos embarcando se chama tecnofeudalismo, que se apresenta como um problema, inclusive, para aqueles que utilizam o capitalismo como sistema intencional.
O tecnofeudalismo é um conceito de CEDRIC DURAND e YANS VAROUFAKIS, este Ex-ministro das Finanças da Grécia. Esse tecnofeudalismo acaba com o capitalismo neoliberal da seguinte maneira: a proposta de que houvesse iniciativas individuais e que elas competissem livremente entre si. Portanto, o livre mercado cai por terra.
Observe as empresas atualmente: seus produtos e plataformas aglutinam diversas empresas. A competição entre as empresas já não é mais horizontal; elas correspondem aos algoritmos dessa plataforma centralizada. Nesse cenário, não faz sentido qualquer competição direta entre empresas por suposta qualidade do produto, que era uma premissa liberal. Por exemplo, aparecem Adam Smith e, curiosamente, o próprio Adam Smith.
O liberalismo monopoliza: as empresas não competem entre si livremente, mas se sujeitam às regras de um único senhor feudal. Em analogia ao sistema feudal, aquelas empresas são melhor ranqueadas as que melhor se adequam às regras do senhor feudal — as três ou quatro grandes empresas tecnológicas do mundo.
